quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vanessa da Mata: "As Palavras"


As Palavras
Vanessa da Mata
Composição: Sereia de Água Doce (Vanessa da Mata)


As palavras saem quase sem querer,
Rezam por nós dois.
Tome conta do que vai dizer.
Elas estão dentro dos meus olhos
Da minha boca, dos meus ombros
Se quiser ouvir
É fácil perceber


Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração


Tentei
Rasguei sua alma e pus no fogo
Não assoprei
Não relutei
Os buracos que eu cavei
Não quis rever
Mas o amargo delas resvalou em mim
Não me deu direito de viver em paz
Estou aqui para te pedir perdão


Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração


As palavras fogem
Se você deixar
O impacto é grande demais
Cidades inteiras nascem a partir daí
Violentam, enlouquecem ou me fazem dormir
Adoecem, curam ou me dão limites
Vá com carinho no que vai dizer


Não me acerte
Não me cerque
Me dê absolvição
Faça luz onde há involução
Escolha os versos para ser meu bem e não ser meu mal
Reabilite o meu coração

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A multidimensionalidade do amor‏


Para não se sentir dividido, é preciso ser uno o tempo todo
e dual e uno a um só tempo,
É cantar a mesma canção dando enfoques diversificados,
É ser homogêneo na heterogeneidade,
É casar as almas quando os corpos se afastam,
É manter a chama acesa e o peito sintonizado, quando o frio aparenta.
É sentir-se acompanhado apesar dos espaços vazios, É te ver em todo canto e buscar seus olhos mais profundos na alma, 
onde a cegueira permeia
É cantar a diversidade, respeitando a unidade,
É transformar a solidão em presença e a multidão em solidão acompanhada,
É ser livre adorando ser prisioneira da subjetividade,
É sempre e em todo momento rimar amor e felicidade.

Agilcélia Carvalho dos Santos
Natural de Salvador-BA
Filósofa e Socióloga pela
Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
e Historiadora pela
FUNESO - Olinda-PE

domingo, 11 de setembro de 2011

Solidão - Chico Buarque de Holanda



Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.


Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.


Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.


Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe 
compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.


Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância. 


Solidão é muito mais do que isto. 


Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma....



FRANCISCO BUARQUE DE HOLANDA
"Um grande poeta, que é também músico, romancista, jogador do Politheama, torcedor do Fluminense, pai, avô, cidadão, BRASILEIRO.
Um grande homem. 


Do alto e da experiência dos seus sessenta anos, ele cria. Ele imagina. Ele diz. Ele usa a palavra como uma obra de arte, esculpe o seu texto, a sua letra.
Chico Buarque de Hollanda se revelou para nós, da geração 80, um mundo a descobrir.
"

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Agnus Dei, o que Significa?


Cordeiro de Deus ou em latim, Agnus Dei,
 é uma expressão utilizada no cristianismo 
para se referir a Jesus Cristo, 
identificado como o salvador da humanidade
ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. 
Na arte e na simbologia icónica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz
A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de João, onde João Baptista diz de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo" 
(João, 1:29).

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Poesia - Telma Lobato


Hoje

Hoje, somente hoje
Observei o passado...
Vi fatos e casos,
Rumos e passos
Que quis dar e não dei.

Hoje, somente hoje
Refleti o passado...
Choros e mágoas,
Mares de águas
Que quis nadar e não nadei.

Hoje, somente hoje,
Recordei o passado...
Li histórias e contos
Cheios de encantos,
Quis p’ra mim, não alcancei.

Hoje, somente hoje...
Lembrei o passado...
Fixei no presente,
Não me sinto mais ausente,
Quis amar-te, hoje amo Eu.


Telma Mª  N. Lobato Silva
Natural de Natal - RN 
Licenciatura em Língua Portuguesa
Pós-Graduação em Língua Portuguesa & Literatura              
Técnica em Edificações e Design de Interiores.